O setor pecuário brasileiro mantém perspectivas positivas para 2025, com continuidade nos investimentos e na produção. Contudo, o ritmo de crescimento projetado é inferior ao observado em 2024. De acordo com a análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o ano de 2025 será marcado por desafios econômicos, com uma previsão de menor demanda tanto no mercado interno quanto externo, embora novas oportunidades para a exportação possam surgir.
Cenário Econômico e Expectativas para a Produção
A produção de carne bovina e a oferta de animais para abate devem crescer de maneira mais contida em 2025. A economia brasileira, com um possível cenário de menor poder aquisitivo, pode levar os consumidores a optarem por carnes mais acessíveis. Além disso, a valorização do dólar ao final de 2024 tende a impactar os custos de produção no início de 2025, pressionando o setor, que enfrenta custos mais elevados.
Exportações e Desafios no Comércio Exterior
No comércio exterior, as projeções indicam continuidade no volume de exportações, mas com taxas de crescimento mais modestas. A China continua sendo o maior comprador da carne brasileira, com destaque também para os Estados Unidos, Emirados Árabes e Chile, que são mercados de relevância crescente. A demanda dos Estados Unidos, por exemplo, deve se manter alta, impulsionada pela recuperação gradual do rebanho norte-americano.
No Oriente Médio, as perspectivas de crescimento nas exportações são positivas, com aumento esperado nos envios para a região. O Chile também deve expandir suas compras, embora o impacto do câmbio possa afetar a competitividade da carne brasileira no mercado internacional.
Produção e Abate: Dados Positivos, Mas Expectativa de Desaceleração
Embora o cenário seja de um crescimento mais moderado, a produção de carne bovina segue um caminho dinâmico. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que, até setembro de 2024, o número de animais abatidos aumentou 19%, refletindo a força do setor. Para 2025, espera-se que esse ritmo desacelere, mas que continue positivo, conforme as projeções do Cepea.
Fonte: Portal do Agronegócio